segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Teria sido melhor ter ido ver o jogo do Pelé

   Começa a temporada de Quadribol. Mas Rony não parece tão animado com a idéia.

                                                                     Fonte: http://s.glbimg.com

     Naquela manhã, toda a Hogwarts estava animada. Começara a temporada de Quadribol! Todos os estudantes e professores de Hogwarts se reuniram no campo de Quadribol para acompanhar o primeiro jogo da temporada: Grifinória versus Sonserina. A arma secreta da Grifinória era ninguém mais ninguém menos do que Harry Potter: o jogador mais jovem do século.
   No começo da partida, Harry levou sua Nimbus 2000 para o campo. Estava nervoso, pois seria sua primeira partida de Quadribol. Quando o jogo começou, Olivio e o capitão da Sonserina apertaram as mãos e Harry fora em busca do pomo. A partida transcoria bem, Rony, Neville e Hermione observavam ela na mesma arquibancada que Snape, Quirrel e outros professores e alunos da Grifinória.
   No entanto, as coisas pioraram quando Harry, ao ir em busca do pomo, sentiu perder o controle da sua vassoura. Hermion estranhou o comportamente dos professores ao seu lado: Snape olhava fixamente para Harry falando algo muito baixo e Quirrel não tirava os olhos de Harry.
   Harry tentava se agarrar na vassoura com o máximo de força que tinha, mas ela parecia ter vontade própria.
   -Ei, Mione - disse Rony com a boca cheia de marshmallows - Nesse jogo não tem o Pelé.
   -Claro que não, Rony - resmungou Hermione.
   -Bem, mas teria sido melhor ter ido ver o Pelé.
   -Ssshhhhh - reclamaram os alunos em volta.
   -Estou quieto! - protestou Rony - Um monte de gente aqui fazendo barulho e o culpado sou eu! 
   Vários resmungões dos alunos e professores.
   -Teria sido melhor ter ido ver o jogo do Pelé - xingou Rony.
   -Silencio!
   -E eu sempre sou o culpado!
   -Ei!!!!!
   -TERIA SIDO MELHOR TER IDO VER O PELÉ!!!! - disse Rony em voz alta.
   -Weasley, você vai calar  a boca ou não? - gritou Snape se levantando. Nisso, os alunos ouviram um som de pancada: Quirrel, que estava sentado atrás de Snape tinha caído quando o professor o empurrou para xingar Rony.
   A discussão parou quando Hermione e Rony notaram que Harry estava finalmente tomando controle de sua vassoura e foi com toda a velocidade em direção ao pomo de ouro. Estava muito perto. Mais perto. Quando, de repente, Harry caiu no chão e o pomo de ouro sumiu.
   Madame Hooch apitou. Os jogadores da Grifinória se aproximaram de Harry caído no chão.
   -Harry, fale alguma coisa - disse Olivio Wood.
   Harry cuspiu o pomo de ouro e gritou
   -GOOOOOOOOOOLLLLLLL DEEEEEE PEEEELLLÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉ!!!!!!!!
   -Como? - pediu Jorge
   -Ele pegou a goles de cabeça, quando não havia esperança e.....ei! O pomo! - apontou para o pomo em sua mão.
   -Vitória da Grifinória!!!! - gritou Madame Hooch.

   -Jogo do Pelé! - gritou Rony distante.

Não se enrugue bruxo velho que te quero para tambor

   Harry encontra Dumbledore e seu simpático mascote. Pena que ele não sabe como calar o bico.


                                                         Fonte: http://www.scarpotter.com

   Depois que a professora McGonagall viu Harry diante de Justino petrificado, Harry foi mandado à sala de Dumbledore para resolver o caso. A professora abriu a sala para que Harry entrasse sozinho. A sala de Dumbledore era muito interessante: era circular, cheia de livros, objetos mágicos interessantes, uma bacia de pedra com runas escritas, várias fotos de diretores de Hogwarts (uma que chamou muito a sua atenção: uma senhor de vestido azul, rosto espantado e com um chapéu atrevidamente exótico) e, posto num banquinho, um chapéu azul cheio de marcas de sapatos, o Chapéu Seletor.
   -Ah...professor....estou aqui - disse Harry timido.
   -Orr.....grande coisa.... - uma voz rouca no fundo anunciou.
   Harry estranhou. Não era a voz que costumava ouvir de Dumbledore. Será que estava com tosse?
   -Quer chá, Harry? - perguntou a voz que Harry reconheceu como a verdadeira voz de Dumbledore.
   -Como ele está?
   -Uma droga - respondeu a voz rouca de novo.
   -Por que você foi mandado para cá, Harry - disse a voz de Dumbledore se aproximando.
   -A professora McGonagall me viu perto de onde o Justino foi petrificado. Mas, professor....juro que não fui eu - disse Harry nervoso.
   -Mentira - disse a voz rouca.
   -Basta! - exclamou Dumbledore que estava agora do lado de Harry com uma bandeja com chá e biscoitos - Essa ave mocoronga não cala mais a boca!
   Então, Harry notou que num poleiro perto de um armário havia uma ave vermelha com aparência muito velha sentada. Antes que Harry pudesse fazer um comentário, ela pegou fogo expontaneamente.
   -Loro!!!!! Loro!!!!! Ai, que quente!!!!!
   -Professor, seu pássaro!
   Dumbledore riu.
   -Fawkes é uma fênix, Harry. Ela estava chegando à idade de renascer. Quando elas ficam velhas demais, colocam fogo em si mesmas e renascem jovens. Suas lágrimas curam ferimentos e são muito fortes. Ótimos animais de estimação.
   -Mentira - disse a voz rouca da fênix jovem que agora estava no poleiro.
   -Mas professor, juro que não fui eu!
   -Eu sei, Harry - disse Dumbledore paciente - Um bruxo como você não farie esse tipo de coisas aqui em Hogwarts. Confio em você.
   -Obrigado.
   -Tem mais alguma coisa que gostaria de perguntar?
   -Não.
   -Então, boa noite, Harry - disse Dumbledore abrindo a porta gentilmente para Harry sair.


...


   Dumbledore estava sentado na sua poltrona de chintz lendo o Profeta Diário. Leu um anúncio de roupas muito boas quando foi interrompido.
   -Que garota tão faceira, me dá até tremedeira.....Quer namorar comigo? Mas é claro, é claro, é claro!
   Dumbledore olhou para ela com um olhar de censura.
   -Não se enrugue couro velho que te quero para tambor!Quer namorar comigo? Mas é claro, é claro, é claro! Loro..... tão faceira....
   Dumbledore virou a página do jornal com raiva.
   -Já chega! Você quer calar esse bico?
   -Mas é claro, é claro, é claro!
   -Eu aviso que da próxima vez eu levo você pro banheiro!
   -Mentira!
   -Bom, já tá avisado!
   -Não se enrugue couro velho que te quero pra tambor!
   Dumbledore franziu a testa.
   -Ai, que rico!
   Mais uma olhada séria.
   -Ai que ri....
   Mais uma olhada séria.
   -Loro!
   Uma olhada mais séria ainda.
   -Lo....
   -Já chega! Eu avisei! - disse Dumbledore pegando Fawkes com as mãos - Agora quero ver o que você vai fazer no banheiro das meninas do segundo andar!
   -Ai que bruto! Ô bruto! - disse Fawkes se debatendo.


Atenção para esta cena bônus. Ela terá uma ligação com uma cena futura.




As cartas de Tangamandápio



Harry passa mals momentos na casa dos Dursleys, mas  um personagem muito querido do universo de Chaves aparece para lhe apresentar um mundo novo. Pena que os Durseley não gostam muito dele....

                                                               Fonte: chavesweb.com



     As férias de verão estavam indo para o fim. Faltavam talvez três semanas, nem Harry sabia dizer ao certo. Nem as férias nem as aulas o animavam. Nas férias era obrigado a aguentar a companhia permanente dos Durseleys enquanto na escola não tinha nenhum amigo e normalmente recebia o chapéu de burro do professor. As poucas vezes que tinha companhia era quando os Dursleys iam viajar ou passear e o deixavam na casa da Senhor Figg: uma vizinha cuja casa fedia a repolho e ás vezes oferecia a Harry frangos com gosto de velho e o deixava assistir um pouco de televisão. Não era tão ruim, exceto quando ela lhe mostrava as fotos de todos os seus gatos: o Cícero, o Satanás, o Tirolês. Mas os Dursleys não gostavam muito da Senhor Figg. Duda, inclusive, tinha a mania de chama-la de Bruxa sempre que podia.
                Faltava uma semana para o aniversário de Harry. Ele sabia que não ganharia nada, diferente dos vários presentes que Duda ganhara. Até que, numa manhã de segunda-feira, quando ele acordou e foi para a cozinha fazer o café da manhã dos Dursleys, aconteceu o inesperado.
                Toc! Toc! Toc!
                -Papai, tem alguém batendo na porta – disse Duda.
                -Seria a Guida? – perguntou tia Petúnia a Válter.
                -Acho que não, ela disse que só viria mês que vêm – ele olhou com desprezo para Harry – quando esse aí tiver ido para o colégio interno. Deixa que eu atendo – disse levantando da cadeira deixando o resto do café da manhã sendo roubado por Duda.
                Abriu a porta.
                -Pois não?
                Espiando o pescoço, Harry viu uma figura bastante incomum: um homem já bem velho, na casa dos sessenta anos. Tinha bigodes grisalhos, assim como seu cabelo que era coberto por um boné cinza. Tinha um ar risonho e uma barriga farta. Usava óculos e um uniforme cinza.
                -Eu sou o carteiro – disse com uma voz bondosa.
                -Bem, isso eu já vejo – rosnou Tio Válter.
                -E sou de Tangamandápio – disse inocentemente.
                -E o que eu tenho a ver com isso? – resmungou Tio Válter de volta.
                -E me chamo Jaiminho – disse sorrindo.
                -Anda logo! O que você quer?
                -Tenho uma carta para vocês, deixe-me entrar – disse entrando sem cerimônia no hall de entrada da casa dos Durlseys. Mas não entrava sozinho: empurrava uma bicicleta, que apoiou na escada.
                -Meu senhor! – pestanejou Válter já vermelho de raiva – Porque trouxe a bicicleta aqui para dentro? – Tia Petúnia deu um gemidinho ao ver os pneus sujos da mesma.
                -É que se eu deixar ela lá fora me roubam.
                Válter e Petúnia se encararam.
                -Tenho uma carta para o senhor – disse o carteiro.
                -Então o que está esperando? Me dê ela logo.
                -Toma – disse entregando a bolsa.
                -Mas......o que significa isso?
                -Tá aí dentro, é só procurar.
                -Mas por que não procura o senhor?   
                -É que tenho que evitar a fadiga.
                Tio Válter explodia de raiva. Acabou expulsando o carteiro com a bicicleta e tudo, apesar do mesmo protestar que tinha uma carta para eles.
                -Mas e a sua carta?
                -Não me importa mais! – gritou Válter – E fique sabendo que vou avisar o Correio para que o demitam senhor......senhor....
                -Jaiminho
                -Senhor Jaiminho!         
                -Mas e quanto à outra carta?
                -Que outra carta?
                -A carta do senhor Harry Potter. Fui mandado entrega-la aqui.
                -Não tem nenhum Harry Potter aqui! – gritou Válter fechando a porta na cara do carteiro.
                Tio Válter voltou à mesa bufando de raiva.
                -Francamente.... – gemeu ele.
                Harry ficou confuso. Uma carta? Para ele? Uma carta? Para ele? Para ele? Uma carta? Mas que será ? Havia quase perdido as esperanças de que o carteiro voltasse a entregar cartas lá. Mas coisas estranhas começaram a acontecer.
                Naquela tarde, uma pasta igual a do carteiro Jaiminho apareceu na porta da casa dos Dursleys. Tia Petúnia fez questão de jogá-la fora. De noite aconteceu a mesma coisa e ela foi jogá-la na lata de lixo, mas surpreendeu-se ao ver que o saco de lixo fora trocado por uma pasta de cartas.
                No dia seguinte, quando Válter foi ao trabalho, levou consigo sua pasta de negócios. Mas ficou possesso de raiva quando chegou na reunião para mostrar alguns relatórios e viu que sua paste deu lugar a uma pasta cheia de cartas. O mesmo aconteceu com as seis bolsas de tia Petúnia e com a mochila escolar de Duda.
                Nos dias seguintes, a situação ia só piorando. Válter chegou muito atrasado no trabalho pois as ruas da cidade estavam infestadas de bicicletas.  Todas as suas roupas do guarda-roupa foram trocadas por roupas de carteiros. E, na sexta-feira, quase teve um infarto ao ir para o trabalho quando notou que, ao invés de dirigir seu Ford, estava dirigindo uma bicicleta dos correios.
                No fim de semana, Válter teve uma reunião com sua família e Harry e decidiu que iriam viajar. Levou-os para uma cabana em uma ilha no meio do nada estava surtando, não falava coisa com coisa. Naquela noite, ele foi dormir com tia Petúnia no quarto da cabana caindo aos pedaços e deixou Harry e Duda dormindo na sala. Harry nem percebera, mas faltava uma hora para seu aniversário de onze anos.
                Dez minutos
                Cinco minutos
                Um minuto
                Quinze segundos
                5....
                4....
                3....
                2....
                1....
                Pow! A porta da cabana foi derrubada pelo que parecia ser a sombra de uma pessoa muito grande. Ela entrou lentamente pela cabana e gritou:
                -Tá! Tá! Tá! Tá! Táaaaaa!

O menino que sobreviveu depois de ter morrido



Vou começar a história um pouco dentro da cronologia. Começarei as postagens contando como era a vida de Harry Potter vivendo num barril na casa dos tios, na rua dos Carpinteiros número 8.


                Harry Potter era um menino que vivia em um barril na casa dos seus tios, na rua dos Carpinteiros, número 8. Era um menino baixinho, baixinho, baixinho, magricela, magricela, magricela e com óculos, óculos, óculos. Para a sua idade, Harry parecia realmente fraco e miúdo e o próprio não gostava de seu corpo, com exceção da cicatriz em formato de raio na testa que sua tia insistia em pedir para que escondesse com a franja de seu cabelo fino e preto. Certa vez Harry resolveu pedir à sua tia Petúnia (uma mulher magra, alta, com um pescoço muito maior do que o normal, com cara de constante mau humor e bóbis na cabeça) sobre como ganhara a cicatriz:
                -No mesmo acidente que morreram seus pais – respondeu resmungando.
                -E como foi ele?
                -Morreram de noiva.
                -De noiva?
                -É, o carro da noiva bateu no deles e acabaram morrendo. E não faça mais perguntas.
                Não fazer perguntas era uma das maneiras mais óbvias de ter uma convivência razoável. Assim como outras regras como: lavar a louça, cortar a grama, pendurar a roupa. E Harry era constantemente castigado por coisas que às vezes nem mesmo ele entendia.
                Certa, enquanto Tio Valter (um homem gordo com um bigode grisalho muito espesso e quase sem pescoço) montava um caixote de madeira para vender quando, misteriosamente, Duda(o primo de Harry que era gordo igual ao pai e que parecia um gorila loiro) ficou dentro do caixote já totalmente pregado por fora. Num outro dia, no qual Harry passou a maior parte correndo atrás de lagartixas no quintal, um cadáver de lagartixas apareceu misteriosamente no cesto de prendedores de roupa de tia Petúnia. Fora outras coisas estranhas como ratoeiras que apareciam nas gavetas de talheres e besouros que apareciam nos sacos de pipocas de Duda.
                No geral, a vida de Harry na casa dos Dursley não era das melhores. Comia mal, fazia muitos serviços domésticos, não tinha amigos, apanhava de Duda constantemente, era ignorado pelos tios e seus únicos pertences eram coisas muito velhas de Duda e tio Válter. As coisas pioraram ainda mais depois de, em uma viagem ao zoológico, Harry ter sido acusado de soltar uma cobra e açulado ela contra Duda.
                Mas esta situação mudaria em breve. A esperança estava vindo à cavalo. Ou melhor, de bicicleta.

Apresentação

    Resolvi criar este blog com a idéia de fazer uma paródia misturando dois universos de duas obras que foram muito importantes para mim: Chaves e Harry Potter. Num blog que eu já possuía resolvi fazer uma versão apenas por tópicos dessa paródia, mas ficou limitada a isso. Então, tentei fazer versões dessa paródia em livros, mas em certos capítulos era impossível colocar uma piada relevante de Chaves e eu não via necessidade de transcrever toda piada, por isso acabava ficando maçante e sem emoção.
    Então, resolvi fazer este blog colocando capítulos aleatórios soltos dos melhores momentos de Harry Potter vistos por uma perspectiva onde as piadas de Chaves e Chapolin tomam conta da cena.
    Apesar de alguns personagens de Harry Potter tenham recebido uma carga enorme de características de personagens de Chaves, meu objetivo não foi estabelecer uma identificação entre eles. Harry faz muitas piadas que Chaves faz, se comporta muitas vezes como ele e solta asneiras no seu nível, mas continua sendo o menino da cicatriz. Alguns personagens irão compartilhar frases de um mesmo personagem de Chaves.
    Espero que gostem. Pretendo fazer as postagens de forma totalmente aleatória, não seguindo qualquer ordem cronológica dos livros. Meu objetivo aqui é mais pela parte das piadas do que pela questão de contar a história em si.
    Abraços, Davi.